Letra: Terêncio de Oliveira
Música: André Albernaz
lyrics
Quando a madrugada é pouca
Pelo chão tem roupa
E lá vamos nós
Não tem grude mais barato
E eficiente, é claro
Que saliva e suor
Veja minha cara que essa tara é fácil de arranjar
Vê que já vem vindo o
Sol não dá ré
Nem mamãe dá sobremesa
Nem a natureza cria ou desfaz
Quando a madrugada é pouca
Pelo chão tem roupa
De manhã tem mais
Deixa minha língua
Cada pinta ela catalogar
Vê que já vem vindo
O sol não dá ré
Na verdade ele não tá
Indo nem pra frente nem pra trás
Só ilumina os reles mortais
Que se atracam feito gatos nesse
Pega, lambe, chupa, e morde
Come, engole, fagocita todo o meu ser
Que então
Clama pelo seu abrigo
Pelo seu umbigo
Pelo seu querer
Quando a madrugada é pouca
Pelo chão tem roupa
Por mim, tem você
Diz a tia Zélia que Perduto è tutto il tempo che
In amore non se
Spende, spende
Faz-se cama o que era mesa
Quarta vira sexta
E o Dimitri a dançar
Chega a hora da aventura
Toda ditadura
Há de acabar
Médici, Videla, Mussolini, Stalin, Pinochet
Wall Street e Santa Sé
E o sol
Na verdade ele não tá
Indo nem pra frente nem pra trás só
Ilumina os reles mortais
Que se atracam feito gatos nesse
Pega, lambe, chupa, e morde
Come, engole, fagocita todo o meu ser
Que então...
credits
from Apesar da crise,
released October 26, 2016
FICHA TÉCNICA DA FAIXA
André Albernaz: teclados e voz
Carol Abreu: percussão
Carlos Bolívia: guitarra e grito
Drica Mitre: Voz
Fernando Feijão: bateria
Terêncio de Oliveira: baixo e voz